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Dolce & Gabbana: acusações de xenofobia com chineses e acusação ao Diet_Prada por estimular: boicote

  • Foto do escritor: Binho
    Binho
  • 29 de out. de 2021
  • 3 min de leitura
O caso se agravou após a divulgação na Internet de print-screens de uma discussão no Instagram entre um usuário e o estilista da marca, Stefano Gabbana, na qual este último usa emoticons de excremento para definir a China como "país da merda".

Dolce&Gabbana parte para briga com blogueiros e pede US$ 600 milhões em processo.


Não é apenas de roupas bem cortadas, desfiles e modelos que o mundo da moda vive. Na verdade, o setor também é conhecido por muitas brigas e que trazem até um certo marketing para a área. Estilistas de grandes grifes, por exemplo, cutucam uns aos outros abertamente. Desta vez, no entanto, os italianos Domenico Dolce e Steffano Gabbana, que criaram a Dolce&Gabbana, foram para cima de blogueiros.


Intitulado “O Grande Show” pela Dolce & Gabbana, o desfile que a marca italiana faria em Xangai, na China, em novembro de 2018 para cerca de 1.500 pessoas, foi cancelado após a grife italiana ser acusada de racismo e um de seus estilistas, Stefano Gabbana, supostamente ter se referido ao país como uma “máfia ignorante malcheirosa” em conversas privadas.

O imbróglio começou após a marca divulgar em sua conta no Weibo, a rede social mais popular da China, uma campanha publicitária na qual uma garota chinesa tenta comer com hashis —os pauzinhos utilizados pelos asiáticos—, pedaços de canelone, pizza e outras iguarias italianas.

Amplamente criticada no país onde aconteceria o desfile e também nas redes sociais dos convidados, a marca perdeu vários contratos com agências de modelos e celebridades contratadas para o desfile, que ocorreria em um centro de eventos de 18.000 m² e contaria com um show do popstar chinês Karry Wang.

A situação piorou, quando uma usuária do Instagram, Michaela Tranova, divulgou supostas trocas de mensagens com Stefano Gabbana nas quais ele teria comentado a polêmica do boicote dizendo, por exemplo, que “se os chineses se ofenderam com uma garota pegando pizza ou macarrão com pauzinhos significa que esses chineses se sentem inferiores”.

Pouco depois da divulgação do conteúdo das mensagens, a Dolce & Gabbana emitiu um comunicado afirmando que a conta de Stefano teria sido hackeada e a marca está tomando "medidas legais urgentes" junto às autoridades chinesas.

A hashtag #boycottdolceegabbana, criada como manifesto de boicote à marca após uma série de polêmicas nos últimos anos, em minutos foram 4.706 citações.

Neste ano, o mesmo Stefano Gabbana chamou a cantora Selena Gomez de “feia” em um comentário no Instagram, e Domenico Dolce, em 2015, batizou de “crianças sintéticas” aquelas nascidas por fertilização "in vitro".

Em entrevista a revista "Serafina" de junho de 2016, Domenico afirmou não se importar com a campanha de boicote e disse que “se quiser boicotar, ok”.

“Você acha que me importo? É impossível as pessoas amarem tudo o que você faz. Isso é democracia. Se alguém ama demais uma coisa, algo está errado, não acha?”, disse à época.


Valor que, agora, a grife italiana tenta recuperar no processo contra o perfil do Diet Prada. Nas contas da D&G, a empresa quer € 450 milhões por causa do impacto da imagem na marca, além de € 4 milhões para custear prejuízos causados pela postagem.

Além disso, também cobra € 90 milhões por vendas perdidas na Ásia e mais de € 17 milhões pelo cancelamento do desfile e custo com pessoal. No total a conta supera os US$ 600 milhões – país dos blogueiros.

Em nota divulgada no perfil do Instagram, o Diet Prada afirmou que o Fashion Law Institute está trabalhando em sua defesa sem cobrar nada. Além do instituto, o escritório de advogacia italiano AMSL Avvocati também está atuando no processo.


“Ter cultivado a Diet Prada como uma plataforma onde podemos denunciar o racismo e manter a indústria da moda em um padrão ético elevado tem sido uma das experiências mais gratificantes até agora. A nossa única esperança é proteger isso”, disseram.


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